BUENOS AIRES – Para não perder a ajuda Enanecira do Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente Fernando De la Rúa ameaça enviar logo ao Congresso o projeto do novo pacto fiscal com as províncias. A informação é do chefe de gabinete da Presidência, Chirstian Colombo. Ainda sem consenso entre os govemadores do Partido Justicialista, o pacto fiscal só tem apoio das províncias menores e das governadas pela Abança (governo).
As duas maiores províncias do país – Buenos Aires e Córdoba, por exemplo -, ainda não disseram sim ao ajuste fiscal.
O congelamento dos gastos públicos por cinco anos, como propõe De la Rúa, está condicionado à aceitção pelo govemo federal, da discussão de algumas medidas do novo pacote econômico, como a que aumenta a idade mínima de 60 para 65 anos para aposentadoria da mulher. "A mulher já sofre demais em ser mãe, dona de casa e trabalhadora", criticou Carlos Ruckauf, govemador da província de Buenos Aires.
Ameaça
Ontem as negociações não avançaram e, se não houver um entendimento final, o govemo enviará o texto ao Congresso e às Assernbléias Legislativas. Sem o novo empréstimo, a Argenuna não poderá cumprir seus compromissos financeiros do ano que vem e nem reconquistar a conflança dos investidores. Estes compromissos giram em torno de US$ 19,5 bilhões e a perspectiva de ajuda do FMI é de US$ 20 bilhóes, incluindo a participação do Banco Mundial, Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e bancos privados, além de países como França, Espanha e Itália.
Para o economista José Luis Espert, ex-consultor do FMI, a falta de uma definição política, que dê sustentnão às medidas econômicas anunciadas, pode gerar uma nova onda de desconfiança junto aos mercados e aos organismos internacionais.
Enquanto isso, o govemo se prepara para enfrentar mais greves. Além da convocação da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) para uma greve geral de 36 horas a parar do dia 25, a outra CGT convocou seus sindicatos para uma paralisação nacional para o dia 24.